Economia brasileira desacelera em 2025: PIB cresce menos, mas inflação permanece alta

 Com crescimento econômico menor e inflação de 4,9%, o Brasil enfrenta desafios em 2025, aponta o Ministério da Fazenda.

O Ministério da Fazenda divulgou, nesta quarta-feira (19), um cenário preocupante para a economia brasileira em 2025. De acordo com o Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será de 2,3%, menor do que os 3,4% registrados em 2024. Além disso, a inflação deverá superar novamente o teto da meta, alcançando 4,9%, o que coloca mais pressão sobre o Banco Central para conter os preços e garantir a estabilidade econômica.

A desaceleração da economia está diretamente relacionada ao aumento da taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 13,25% ao ano, e pode chegar a 14,25% nas próximas semanas, conforme esperado por analistas. Essa política de alta dos juros, implementada pelo Banco Central, tem como objetivo conter a inflação, que segue pressionada, principalmente, pelos preços dos alimentos e bens industriais. Apesar da projeção de crescimento de 6% no setor agropecuário, o cenário geral mostra uma economia desacelerada, com a indústria crescendo apenas 2,2% e o setor de serviços, 1,9%.

Especialistas alertam que, apesar das medidas de contenção adotadas, a política fiscal do governo pode comprometer a sustentabilidade econômica a longo prazo, especialmente diante do cenário inflacionário. A meta central de inflação é de 3%, com uma tolerância de até 4,5%. No entanto, as projeções atuais indicam que a inflação ficará fora desse intervalo por vários meses, forçando o Banco Central a justificar a situação ao Ministro da Fazenda.

O Brasil enfrenta, em 2025, um desafio duplo: desaceleração do crescimento econômico e inflação persistentemente alta. As políticas monetárias e fiscais precisarão ser ajustadas para garantir que o país retome o caminho do crescimento sustentável e atenda às metas estabelecidas. Resta saber como o governo equilibrará essas questões sem comprometer o desenvolvimento econômico nos próximos anos.


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