Vendas no Varejo dos EUA em Fevereiro: Crescimento Confuso e Sinais de Mudança no Consumo

 As vendas no varejo dos EUA apresentaram crescimento misto em fevereiro de 2025. Ecommerce e alimentos tiveram alta, mas restaurantes e combustíveis enfrentaram queda.

As vendas no varejo nos Estados Unidos em fevereiro de 2025 apresentaram uma mistura de bons e maus resultados, criando um panorama confuso para analistas e consumidores. Embora setores como ecommerce e supermercados tenham registrado crescimento expressivo, áreas como restaurantes e postos de gasolina enfrentaram dificuldades inesperadas. Esse comportamento revela que o consumo está longe de ser uniforme, refletindo a complexidade do atual cenário econômico. As vendas totais cresceram apenas 0,2% em fevereiro, uma recuperação modesta após a queda de janeiro, mas com nuances que merecem atenção.

O ecommerce teve um desempenho positivo, com vendas crescendo 2,4% em fevereiro, comparado ao mês anterior. Este aumento foi acompanhado por um crescimento de 6,5% em relação ao ano passado, sinalizando que o comportamento de compra online não diminuiu, mesmo com a inflação persistente. Os grandes varejistas, como Walmart, também apresentaram aumento nas vendas de 0,5% no mês e 4,6% no ano, destacando a resiliência de certas categorias de produtos. As lojas de alimentos e bebidas, por exemplo, subiram 0,4% no mês e 3,9% no ano, superando até mesmo a inflação alimentar.

Por outro lado, a queda nas vendas de combustíveis e automóveis reflete a diminuição nos preços desses itens. As vendas em postos de gasolina caíram 1,0%, não por uma queda no consumo de combustível, mas devido à diminuição do preço do produto. Já os concessionários de automóveis registraram uma queda de 0,4% nas vendas em termos de receita, embora as vendas unitárias de veículos novos tenham subido 3,2% no mês e 2,1% no ano. Isso sugere que a queda nos preços dos carros afetou a receita, mas não o volume de vendas.

O setor de alimentos e bebidas fora de casa, incluindo restaurantes e bares, surpreendeu negativamente, com uma queda de 1,5% em fevereiro, resultando em um ganho modesto de 1,5% em comparação ao ano passado. Esse declínio inesperado, especialmente considerando o aumento contínuo dos preços, levanta questões sobre os padrões de consumo fora de casa. Se esse comportamento persistir, pode ser um sinal de que os consumidores estão mudando seus hábitos devido à alta dos preços, mesmo que a demanda por alimentos não tenha diminuído significativamente

O panorama de fevereiro reflete um mercado varejista que está longe de seguir uma tendência clara. Enquanto alguns setores como ecommerce e grandes varejistas continuam a crescer, outros, como restaurantes e combustíveis, apresentam sinais de vulnerabilidade. A grande questão que fica é: será que o consumo de produtos de primeira necessidade está se ajustando a preços mais baixos, enquanto os consumidores começam a se conscientizar sobre os altos custos em serviços como alimentação fora de casa? O mês de março será crucial para entender se esse comportamento se consolidará em uma tendência de enfraquecimento.

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